Ex-diretor da PRF preso por interferir nas eleições de 2022 vira secretário em SC

No comando da PRF na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Vasques foi preso sob suspeita de interferir no segundo turno das eleições de 2022. O ex-diretor foi libertado em agosto de 2024, sob medida cautelar que envolve o uso de tornozeleira eletrônica. Nas eleições municipais, meses depois, Silvinei anunciou apoio ao prefeito reeleito Orvino Coelho de Ávila (PSD), que então prometeu que nomearia o bolsonarista como secretário no possível novo governo.

Em agosto de 2023, Silvinei foi preso em Florianópolis, no âmbito da Operação Constituição Cidadã, da PF, seguindo ordem de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, Silvinei e outros agentes da PRF teriam usado a máquina pública para interferir no segundo turno das eleições de 2022. Uma das provas colhidas pelos investigadores foram indícios de recursos direcionados por integrantes da corporação para dificultar o trânsito de eleitores nordestinos no dia das eleições.

Meses antes de ser preso, ele prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no dia 8 de janeiro e negou ter usado seu cargo para beneficiar Jair Bolsonaro. Tentando blindar o ex-chefe do Executivo, Silvinei disse que a atuação da corporação foi mais intensa no Nordeste porque a estrutura da PRF é maior na região. Em outubro, o colegiado, em relatório final, pediu seu indiciamento.