Uma página negra da história do país, o ataque extremista de 8 de Janeiro de 2023 — o ataque mais violento ao Estado de direito desde o golpe militar de 1964 — foi derrotado pela força das instituições democráticas. Para relembrar dois anos de vitória sobre o golpe, haverá uma série de eventos públicos nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os eventos começam no Planalto, com a entrega de obras de arte restauradas após os atentados. À tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descerá a rampa para participar de um evento público, com membros dos Três Poderes, semelhante ao passeio que fez no dia seguinte aos atos extremistas que culminaram na depredação da sede do instituições democráticas.
No Planalto, Lula relançará peças destruídas na invasão. Segundo o governo, são 21 obras de arte e itens históricos. O relógio do século XVIII de Balthazar Martinot retornará depois de dois anos. O primeiro ato do evento tem como foco esse item, um presente da corte francesa a Dom João VI, totalmente destruído e enviado à Suíça para reparo — feito gratuitamente, segundo o governo.
Em seguida, no terceiro andar do prédio — onde fica o gabinete da Presidência da República —, acontecerá a inauguração da obra As mulatas, de Di Cavalcanti.
A cerimônia, porém, estará ausente dos demais chefes do Poder. O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não participará dos eventos. Segundo a assessoria de imprensa, o motivo é uma “viagem ao exterior previamente agendada”. O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente da Casa, o representará.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), faltou ao evento de 2024, realizado no Congresso, e não confirmou presença neste ano.
Também não deverão participar os futuros presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Para o Judiciário, o vice-presidente do STF, Edson Fachin, representará o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. O ministro Alexandre de Moraes confirmou presença. Na época dos atos golpistas, comandava o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tido como inimigo número um do bolsonarismo, o magistrado é o relator do inquérito que apura o planejamento e a execução dos atentados. Ele deverá falar no evento.
Lula convocou todos os seus 38 ministros para o evento, durante jantar de comemoração de final de ano. Além disso, convocou os comandantes das Forças Armadas: General Tomás Paiva, do Exército; o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, da Aeronáutica; e o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, da Marinha.
Embaixadores
Embaixadores estrangeiros também foram convidados a participar dos eventos no Planalto. O objetivo, segundo fontes governamentais, é mostrar ao mundo que a democracia brasileira continua forte. Na época dos ataques, o país recebeu apoio de outras nações. Representantes da União Europeia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Espanha, entre outros países, condenaram as invasões.
Lula programou discursos de políticos e um abraço simbólico na Praça dos Três Poderes. Neste ponto da agenda, ele deverá se reunir com partidos de base e movimentos sociais ligados ao governo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de ativistas e caravanas organizadas que vieram Brasília para participar do evento.
Supremo
O STF também terá uma agenda para relembrar os dois anos dos atentados. O Tribunal realizará uma roda de conversa às 14h. O ministro Edson Fachin abrirá o encontro, com a participação de servidores e colaboradores que trabalharam na limpeza e reconstrução das instalações vandalizadas, além de restaurar as obras destruídas durante a invasão.
Haverá também lançamento de obras de arte produzidas com restos de itens vandalizados no Supremo Tribunal Federal. As peças foram criadas por quatro artistas brasilienses.
No mesmo dia, o Tribunal pretende lançar uma página memorial, com informação completa, que vai desde os ataques e destruição do edifício até ao processo de reconstrução e à responsabilização de quem invadiu e vandalizou as instalações do tribunal.
Os suspeitos de envolvimento nos atos de 8 de janeiro foram divididos em quatro grandes grupos, por tipo de envolvimento: os perpetradores da invasão e da depredação, os incitadores, os financiadores e as autoridades. Até agora, apenas os dois primeiros blocos tiveram julgamento e punição.
As penas dos executores variam entre 15 e 17 anos de prisão, por associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração de bens tombados, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
Para os acusados de incitação a atos, as penas são de um ano de prisão, mas foram substituídas pela prestação de serviço comunitário e frequência de curso sobre democracia.
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