O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado (18/1), chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “bêbado”. O ex-chefe do Palácio do Planalto aproveitou para anunciar que irá processar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o petista o implicar na crise do pix.
Aos jornalistas, um Bolsonaro emocionado se despediu da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que embarcou para a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington. Durante a conversa, o ex-presidente criticou duramente o atual governo petista. “Queremos o melhor para o país e espero que dê certo, mas não pode dar certo quando você vê um ‘bêbado’ dirigindo um carro (o país). Não há como isso funcionar. Um homem que não tem compromisso com a família, que diz que o marido ama mais as amantes”, disse.
“Estou triste com a partida da minha esposa. Eu a amo, ao contrário dele, que é um cara que não tem nada a nos oferecer. Nada. Zero. E alguns acham que vai funcionar. Não vai dar certo”, acrescentou Bolsonaro, no Aeroporto de Brasília.
O ex-presidente também afirmou que irá processar Haddad após entrevista com o ministro CNN Brasilem que o petista afirmou que Bolsonaro estava por trás de um vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre uma “possível taxação do Pix”.
Na época, Haddad mencionou episódios envolvendo o ex-presidente, como o “caso das joias” e a aquisição de mais de 100 imóveis pela família Bolsonaro desde a década de 90, o que Bolsonaro considerou uma calúnia. “Me acusa do que ele faz. Ele não olha para o patrão e para o que o patrão fez (…) Ele me acusa por acusar. Só tenho um jeito: entrar na Justiça e processá-lo, como vou fazer”, finalizou.
O Correspondência contatou o ministro, que preferiu não comentar.
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Michelle na posse de Trump
Antes de embarcar para a posse do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em Washington, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, na manhã deste sábado (18/1), que Bolsonaro é alvo de perseguição.
Aos jornalistas e apoiadores que acompanharam o embarque no Aeroporto de Brasília, Michelle acrescentou que Bolsonaro enfrenta injustiças. “Meu marido está sendo perseguido, mas assim como aqueles que Deus envia, eles serão perseguidos. Nós sabemos disso”, disse ele.
“Que Deus tenha misericórdia de nossa nação, de meu marido, bem como de um grande líder. Ele é o maior líder da direita, que elegeu, (mesmo que) ‘inelegivelmente’, o maior número de vereadores e prefeitos. É um certo medo que eles têm do meu marido”, afirmou.
Embora não tenha mencionado diretamente, a declaração foi vista como uma crítica à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O juiz negou pedido da defesa de Bolsonaro para devolução de seu passaporte, que foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado. O pedido visava permitir que Bolsonaro participasse da posse de Trump.
Inauguração de Trump
O passaporte de Bolsonaro é retido como parte de uma investigação da Polícia Federal sobre uma organização criminosa que teria como objetivo impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter o ex-presidente no poder. Os investigadores apontaram sinais de uma possível fuga.
Na tentativa de conscientizar Alexandre de Moraes, os advogados de Bolsonaro argumentaram que ele viajou para a Argentina em dezembro de 2023, antes da apreensão do documento, e voltou ao Brasil, assim como fez após um período nos Estados Unidos. Para a defesa, esses fatos demonstrariam a sua intenção de permanecer no país.
Apesar disso, Moraes rejeitou o pedido, tanto na análise inicial quanto em recurso posterior.
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