O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que o seu departamento será responsável por centralizar a ação do governo para que haja um plano de comunicação.
Costa falou à imprensa após reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi questionado sobre a afirmação de Lula de que “decretos” teriam que passar pela Casa Civil, a partir de agora, para evitar ruídos na comunicação.
“Independentemente do instrumento, portaria, instrução normativa, é importante que em qualquer medida tenhamos centralidade nas propagandas. Neste mundo de alta velocidade de comunicação, a informação organizada precisa chegar primeiro à população, antes que a mentira e a desinformação cheguem. Portanto, em qualquer iniciativa temos que garantir a centralidade para criar um plano de comunicação. Se vai impactar muitas pessoas, precisa ser discutido com a comunicação para termos um plano”, declarou Costa.
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Segundo ele, “não podemos permitir que a mentira prevaleça sobre a verdade”. “Os fatos e a verdade precisam chegar à população. E não são as fofocas e as mentiras que saem primeiro, e depois vêm os fatos e a verdade”.
Reforma ministerial
Segundo Costa, Lula não mencionou a reforma ministerial em estudo. Segundo ele, aquele não era o “ambiente” para esse tipo de discussão. “(Na entrevista que dei há algumas semanas) eu disse que o presidente estava refletindo sobre a reforma ministerial. O presidente não tomou nenhuma decisão sobre isso e isso não estava na pauta da reunião. Ele pode mudar as pessoas em a qualquer hora”, destacou. “No futebol há prazo para contratar um jogador de fora e se inscrever. Aqui não tem. O presidente pode ser substituído a qualquer momento. Não há previsão nem data de término para uma reforma ministerial.”
Ainda segundo o ministro, a mensagem do presidente aos ministros foi para que eles “dialogassem com as bancadas de seus partidos” para ajudar na comunicação e na política.
“Estamos tratando de política. Os ministros são agentes políticos, não apenas administrativos. Por isso, ele (Lula) quer que os ministros conversem muito com as bancadas de seus partidos. Isso faz parte da percepção e da disputa política da população. A oposição iniciou a ataca, como fez na campanha anterior, com mentiras e fake news. Precisamos de articulação política para poder responder politicamente. Não é a Secom que vai resolver isso sozinha.
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