Zurique – O ex-presidente da República Michel Temer, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (MDB-MG) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes estiveram presentes no primeiro dia do Fórum Econômico Brasileiro em Zurique, na Suíça. No evento realizado pelo Lide — Grupo de Dirigentes Empresariais —, figuras políticas aproveitaram o momento para reafirmar a proteção da democracia, o combate às notícias falsas e o papel essencial do jornalismo hoje.
O ex-presidente da República Michel Temer destacou a importância de o Brasil permanecer multilateral, devido às suas inúmeras conexões políticas e econômicas, para evitar problemas diplomáticos. “Os países têm grande interesse em importar e exportar, portanto, essa posição multilateral é fundamental para o Brasil. Não podemos disputar política institucionalmente com nenhum país. Dois exemplos concretos: nosso maior parceiro comercial é a China e o segundo são os Estados Unidos. Isso já exige uma atitude multilateral”, afirmou.
Temer também enfatizou que, apesar dos conflitos ideológicos entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente Lula, ambos devem manter relações entre os países numa base profissional e não pessoal. “Essa coisa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora com Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, vai dificultar a relação. Mas o que devemos pregar, divulgar, divulgar é essa relação institucional. quem vai manter essa relação, mas é o Presidente da República Federativa do Brasil e o Presidente dos Estados Unidos da América, essa é a relação que deve prevalecer”, destacou.
Por fim, o ex-presidente também falou sobre a polarização e como ela se tornou radical e violenta no Brasil nos últimos anos. “A polarização de ideias é fundamental na democracia, mas o que existe no nosso país, e muitas vezes nas relações, é a radicalização. Ou seja, as pessoas ‘começam a odiar-se’ e nesse ódio cria-se a ideia de agressão física , no sentido mais lato da palavra, não apenas agressões entre pessoas, mas agressões contra bens públicos, como foi o claro exemplo do 8 de Janeiro e de outros momentos”, lembrou.
Resultados legislativos
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (MDB-MG), destacou a importância do evento, que visa ampliar o debate sobre a economia, a sustentabilidade e o futuro das relações entre os países. “Quero dizer que nestes quatro anos que sou presidente do Senado Federal pude exercer algo que considero muito importante para as figuras públicas: ouvir, debater e dialogar antes de tomar uma decisão”, disse.
“E considero que o Lide teve um papel muito importante nessa caminhada, promovendo debates muito ricos em ideias em relação a temas de grande relevância nacional, como a reforma tributária. Certamente todos esses ensinamentos, debates e discussões foram muito úteis para a formulação da reforma “, emendou.
Pacheco também lembrou as entregas do Congresso Nacional e reforçou que essa disposição dos parlamentares é capaz de aumentar a eficiência dos gastos públicos: “O Congresso Nacional conseguiu entregar uma reforma tributária para o país, uma reforma previdenciária e trabalhista, vários marcos legislativos como a autonomia do Banco Central, a capitalização da Eletrobras, o marco legal do saneamento e muitos outros.”
“Este Congresso é certamente capaz de entregar, a partir do momento em que prioriza isso, a qualificação dos gastos públicos, do orçamento público, combatendo o privilégio e o desperdício que resultam na dimensão de um Estado eficiente e necessário e que qualifica os gastos públicos”, continuou. .
O senador destacou ainda que este ano a questão financeira será fundamental para o Congresso, principalmente para atrair investimentos estrangeiros. “Não há dúvida de que o ano de 2025 será o ano baseado nesta lógica. A partir do momento em que outro sistema de arrecadação for implementado, é necessário um novo sistema de gastos, que atenda aos interesses da população e que acabe por garantir o equilíbrio fiscal que temos. necessidade, até para atrair investimentos internacionais”, enfatizou.
Ela concluiu lembrando o dever dos políticos brasileiros de defender a democracia hoje. “Hoje vivemos tempos muito incertos e sombrios, de negação e nostalgia de coisas do passado que foram muito más para a humanidade. É muito importante que as pessoas responsáveis deste país possam unir-se para enfrentar adequadamente a contenção e combater esta crise democrática. retrocesso que muitos ainda tentam fazer no Brasil e fora do Brasil”, finalizou.
Papel da imprensa
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou a importância do encontro para o futuro do Brasil. “Esse evento é uma oportunidade de fazer uma das coisas que mais gosto de fazer, que é pensar o Brasil, discutir o Brasil, pensar em soluções e ouvir as pessoas que ajudam a construir o país”, disse.
Barroso falou também sobre as plataformas digitais e como a imprensa desempenha um papel importante na era da desinformação. “Nesta extensão das redes sociais, das plataformas digitais, o país nunca precisou de mais imprensa de qualidade, que verifique os factos, que separe os factos da opinião e que, acima de tudo, tenha este papel extremamente importante de criar um conjunto de factos comuns sobre os quais as pessoas formar a sua opinião. Esse é o grande papel da Imprensa”, destacou o ministro do STF.
Barroso lembrou ainda a tentativa de criação de narrativas e como a mídia tradicional ajuda a informar os fatos. “Principalmente neste mundo, onde se formaram tribos polarizadas, e todos pensam que podem criar sua própria narrativa. Portanto, uma das coisas que precisamos no mundo contemporâneo é a imprensa decisiva, que faça com que a mentira volte a ser errada e possamos trabalhar nisso. factos comuns, sobre os quais podemos formar as nossas opiniões”, defendeu.
Segurança jurídica
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, falou sobre o papel do Brasil no cenário econômico e o avanço do país no cumprimento do “dever de casa”. “O importante papel do Brasil no segmento econômico e financeiro já foi destacado aqui e que há muito a ser feito, tanto em termos institucionais quanto econômicos, é possível fazer muito. foi o marco do saneamento, que gerou grandes avanços e vem alcançando excelentes resultados”, destacou.
Além disso, destacou também o trabalho do Tribunal na mitigação das inseguranças jurídicas e que esta agenda deve continuar a ser um dos focos do ministro. “E muito mais pode ser feito. Certamente no debate que teremos sobre o quadro institucional, falaremos sobre o esforço, sob a liderança do Presidente Durão Barroso, que estamos a fazer no sistema judicial para produzir maior segurança jurídica. É um dos reclamações presentes em todos os fóruns de investidores e isso nos preocupa, queremos fazer uma boa jogada”, concluiu.
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