A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu, ontem, da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que bloqueou o uso de recursos para financiar o Ovo de Ninho. O programa é destinado a alunos matriculados no ensino médio público, beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Além disso, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, garantiu que não haverá interrupção nos repasses. No total, foram retidos mais de R$ 6 bilhões.
A AGU solicitou a suspensão “imediata” da decisão, que impede o Ministério da Educação (MEC) de destinar recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo Garantidor de Operações de Crédito Educacional (Fgeduc) ao Pé-de-Meia. Ele argumentou em seu recurso ao TCU que não houve ilegalidade no repasse dos recursos.
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Segundo a AGU, o bloqueio de recursos pode impossibilitar a continuidade do programa, que tem como principal objetivo manter os alunos nas escolas públicas. Segundo o governo federal, a suspensão repentina do repasse de mais de R$ 6 bilhões causará “perturbação irreparável” a Pé-de-Meia e aos estudantes.
“Existe um risco real de o programa não ter continuidade em 2025” e de haver “uma paralisação imediata neste mês de janeiro”, destaca a AGU. Isso aconteceria porque, segundo a Caixa Econômica Federal, o saldo do fundo que paga o Nest Egg seria suficiente para cobrir apenas as transferências de dezembro.
O programa é financiado por meio do Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), administrado pela Caixa. Segundo dados do banco, o valor restante do saldo seria de aproximadamente R$ 762 milhões.
Questionado sobre as ações que estão sendo tomadas pelo governo para liberar os recursos, Haddad foi enfático: “Não haverá descontinuidade. Posso garantir isso. O que penso é que vamos encontrar uma saída, com o equilíbrio atual. O rumo que está sendo dado para que não haja interrupção do programa”, afirmou, acrescentando que o governo continua negociando para resolver o impasse.
Sem aprovação
Como o orçamento deste ano ainda não foi aprovado, o governo tem apenas 1/12 destes recursos para utilizar. Representa que o Executivo terá recursos para pagar despesas obrigatórias ou essenciais —como salários, pensões e ações de serviços de saúde. Fora disso, você pode destinar recursos para ações de prevenção de desastres ou outras ações como situações de emergência ou estado de calamidade pública, por exemplo. Os detalhes da alocação de cada orçamento estão contidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que precisa ser sancionada.
A decisão de suspender a transferência para Pé-de-Meia foi tomada pelo ministro Augusto Nardes e referendada pelo plenário do TCU nesta quarta. Ele seguiu a orientação da área técnica do Tribunal, de que o programa funciona fora do orçamento da União e viola regras fiscais.
O Pé-de-Meia foi lançado no início de 2024 e os alunos poderão receber R$ 9,2 mil ao longo do ensino médio. A União Brasileira dos Estudantes Secundários (UBES) emitiu um comunicado protestando contra a suspensão do programa.
“O programa impacta diretamente a permanência dos jovens na escola, especialmente em um país marcado por desigualdades que afastam muitos da educação. Embora não resolva todos os desafios, como as reformas estruturais e a valorização dos professores, é um importante avançar, fruto da luta estudantil, rumo a uma escola pública inclusiva Mais do que auxílio financeiro, o programa é uma oportunidade de transformação e de garantia de uma escola acessível e acolhedora para todos”, observa a UBES.
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