O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), esteve no Congresso Nacional, onde entregou ao presidente do Legislativo, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), uma carta na qual formaliza pedidos para que o parlamento aprove medidas para manter empregos e receitas no estado. Ele foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, realizado no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (6/5).
Após as enchentes terem causado grande destruição no RS, a preocupação é com a reconstrução do estado e a retomada da normalidade. “O Rio Grande do Sul passou, no mês de maio, por uma crise decorrente de um evento climático fora das proporções que já vimos no Brasil que atingiu regiões e, além de ceifar vidas, afetou milhares de pessoas em suas casas, afetou a logística do estado, afetou a economia”, destacou Leite.
“Indústrias em diversas áreas foram devastadas, parques fabris completamente comprometidos e, pela logística afetada, seja pelas estradas ou pelo aeroporto que ainda não voltou e vai demorar para voltar, afetam a nossa economia tanto no seu capacidade de manter empregos e na capacidade de sustentar a arrecadação”, explicou.
Leite pediu tanto a Pacheco, quanto a Lula e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a criação de um programa de manutenção do emprego e da renda, nos mesmos moldes do incentivo fiscal criado pelo governo federal durante a pandemia. “É absolutamente urgente que tenhamos uma medida da União, seja via Congresso, seja via governo. Naturalmente, esperamos e trabalhamos para que seja algo que possa ser alcançado por consenso, com a participação do governo, mas é fundamental que haja, por enquanto, uma medida para manter o emprego e a renda, como foi feito durante a pandemia . Durante a pandemia, o governo apoiou parte dos custos com a folha de pagamento das empresas e os salários dos trabalhadores do setor privado, para evitar demissões. Precisamos disso agora também no Rio Grande do Sul”, argumentou o governador do Rio Grande do Sul.
“Mesmo que as operações de crédito estejam sendo liberadas para as empresas, levará tempo para que elas consigam reorganizar seus parques fabris, suas estruturas e retornar à atividade. Por outro lado, tivemos a suspensão da dívida do Estado, do pagamento à União, mas esse pagamento da dívida que não é feito à União, por obrigação legal, vai para uma conta específica num fundo de reconstrução e depois o Estado , que está a ver a sua receita cair drasticamente, tem dificuldade em fazer face às despesas normais. As receitas correntes despencaram e, consequentemente, a nossa capacidade de suportar as despesas correntes também é limitada”, acrescentou Leite.
O governador destacou ainda que, no caso dos municípios, a situação é ainda mais complicada, tendo em conta que as câmaras municipais estão a incorrer em muitas despesas relacionadas com a reconstrução. “É ainda pior para os municípios, que estão a ser fortemente exigidos em termos de limpeza, reconstrução e outras exigências excepcionais. Então são esses dois pontos que o Rio Grande do Sul está exigindo a atenção dos parlamentares do Congresso Nacional e do governo federal”, reforçou.
Em Brasília, Leite conseguiu participar do evento em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente e entregar os pedidos a Lula, mas não conseguiu se reunir com o presidente, como era o objetivo. “Tive a oportunidade de conversar brevemente com o presidente Lula hoje, não consegui ter uma conversa mais reservada, mas espero que possamos ter essa conversa mais dedicada sobre esse assunto amanhã (quinta-feira) quando formos ao Rio Grande do Sul”, disse o governador, que destacou ainda que as demandas são do conhecimento dos ministros Rui Costa, da Casa Civil; Paulo Pimenta, da Comunicação da Presidência da República; e Fernando Haddad, de Finanças.
“O evento climático já completou um mês, as empresas enfrentam o prazo iminente para pagamento de salários. Se não houver nenhuma medida rapidamente abordada para manter o emprego e os rendimentos, tememos que estaremos perante a possibilidade de muitos despedimentos, e os despedimentos geram um impacto social crítico para os trabalhadores, suas famílias e criam dificuldades para a recuperação económica”, concluiu.
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