O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em mais uma declaração transfóbica, afirmou que não se pode provar que mulheres trans são mulheres. A fala da parlamentar ocorre após os ataques transfóbicos à deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), ocorridos na Câmara dos Deputados, em debate na Comissão dos Direitos da Mulher, na quarta-feira (5/6).
No X (antigo Twitter), uma usuária afirmou que a deputada mineira “acha que tem o direito” de dizer “quem é ou não é mulher”, desta forma, ela poderia dizer se é homem ou não. Ao respondê-la, Nikolas disse que podem afirmar que ele não é homem, mas pode “provar isso”. “Podem dizer que não sou homem, mas posso provar. Podem dizer que mulher trans é mulher, mas não podem provar. É simples assim”, escreveu no X, este Sexta-feira (06/07).
Podem dizer que não sou homem, mas posso provar isso. Podem dizer que mulher trans é mulher, mas não podem provar. Que simples.
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) 7 de junho de 2024
As falas têm relação com o embate na Câmara dos Deputados. Em audiência com a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, Erika conversou com a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) fora do microfone. Na troca, Hilton chamou Zanatta de “ridículo”, “feio” e “desatualizado”. “Vai hidratar esse cabelo”, disse ela.
“Pelo menos ela é ela”, respondeu Nikolas, que entrou no meio da conversa. O episódio foi gravado e divulgado nas redes sociais pelo próprio deputado.
Nikolas Ferreira tem histórico de preconceito na Câmara, e chegou a ser alvo de representação no Conselho de Ética por fala transfóbica no plenário.
Além disso, o deputado tem condenação em ação de danos morais, movida por Duda Salabert (PDT-MG), também deputada federal. O caso diz respeito a ofensas cometidas por ele enquanto ambos eram vereadores de Belo Horizonte e Nikolas disse que continuaria chamando Duda de “ele”, porque “ele era o que estava na certidão”.
A transfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal em 2019. A pena pode variar de um a três anos de reclusão, além de multa. Se o ato for amplamente divulgado, pode levar a até cinco anos de prisão.
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