O presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior, entregou-se ontem à Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele é alvo de uma operação que investiga suposto desvio de recursos, nas eleições de 2022, dos fundos partidários e eleitorais do PROS —partido que se fundiu com o Solidariedade em fevereiro de 2023.
Eurípedes estava foragido desde a última quarta-feira e, segundo a PF, se entregou por volta das 11h45 acompanhado de um advogado. A defesa do presidente do Solidariedade garantiu que o tribunal conseguirá provar “a insubsistência dos motivos” da detenção e a “total inocência” do líder do partido.
Na quarta, Eurípides não foi encontrado pela PF e seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol. Ele tinha viagem marcada, mas não apareceu para embarcar. No mesmo dia, o ex-deputado distrital Berinaldo Pontes, primeiro tesoureiro do Solidariedade, Cintia Lourenço da Silva, e Alessandro Sousa da Silva, Sandro do PROS, que tentou eleger-se deputado federal, foram alvo de mandados de prisão.
Na operação de quarta-feira, agentes da PF apreenderam R$ 26 mil em dinheiro e um helicóptero Robinson R66 — registrado em nome do PROS e que teria custado R$ 2,4 milhões. Houve também tentativa de bloqueio de R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo identificados por irregularidades.
Licença
Com a prisão, o deputado federal Paulinho da Força (SP) assume o comando nacional do partido. O Solidariedade informou, em nota, que Eurípedes solicitou afastamento do cargo por tempo indeterminado. O partido sublinhou que “tomará todas as medidas necessárias, com vista à regular continuidade do exercício da liderança partidária”.
O líder começou a ser investigado depois que Marcus Vinicius Chaves de Holanda, que era presidente do PROS, acusou Eurípedes Júnior de desviar cerca de R$ 36 milhões do partido. Além disso, a PF aponta na investigação que há indícios de que Jhennifer Hanna —filha de Eurípedes, ex-vice-presidente do PROS e hoje secretária executiva do Solidariedade— acumulou patrimônio que não condiz com seus rendimentos. As investigações a acusam de viajar internacionalmente e conseguir bolsas e cargos com dinheiro desviado do partido.
O desembargador Lizandro Garcia, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, que autorizou a operação em razão dos supostos desvios no PROS, destaca, em sua decisão, que “há indícios de que a investigada (Jhennifer) leva um estilo de vida social incompatível com sua renda declarada”.
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