O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é preciso agilidade em relação à preservação da Amazônia. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (17/6) após a assinatura de contrato entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que destina R$ 318 milhões ao Plano Amazônia. A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto. Na altura, o Chefe do Executivo destacou que o plano demorou quatro anos a ficar pronto para assinatura.
“Nunca na história do Brasil um contrato foi assinado por tantas pessoas, nem se pensou em dar um passo tão extraordinário para cuidar da Amazônia como está sendo feito agora. Meus colegas do governo, entre nós propormos e assinarmos este contrato, demoramos quatro anos. Agora temos que fazer uma oferta para comprar as coisas que estão planejadas também. Se demorar mais um ano, encerraremos o pedido sem colocar em prática nosso plano. Então, quero fazer um apelo aos meus companheiros: precisamos ser rápidos, precisamos repassar os manuais, precisamos tentar fazer as coisas acontecerem, porque senão, daqui a pouco, o governador do Amapá, do Amazonas , estará aqui, ‘O dinheiro não chegou, presidente, o drone, o helicóptero’”, disse.
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O petista reforçou que espera celeridade da equipe governamental para implementar a medida. “É importante que tenhamos muita habilidade para que isso aconteça rapidamente porque tudo que precisa ser construído demora mais e tudo que precisa ser destruído acontece rápido. É importante agilizarmos um pouco o processo de construção: menos reuniões, menos burocracia, menos papel e menos fazer acontecer. O mandato é só de quatro anos, daqui a pouco vamos terminar o mandato, não vamos conseguir os resultados, o dinheiro vai desaparecer e pronto. E daqui a 50 anos vai aparecer alguém que quer cuidar da Amazônia. Então, agilidade é importante para fazermos as coisas acontecerem.
Não houve plano, existe um plano, não houve dinheiro, há dinheiro. Agora sim, existe um plano, dinheiro e pessoas para executá-lo. Agora nada mais pode desacelerar”, reforçou.
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O Plano Amazônia: Segurança e Soberania (AMAS) é o primeiro projeto financiado pelo Fundo Amazônia com o objetivo de desmantelar a nova dinâmica de crimes ambientais na região e é uma das principais estratégias de implementação do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).
Sob a coordenação do ministro Ricardo Lewandowski, o comitê gestor da AMAS é composto por representantes do próprio Ministério da Justiça e de seus órgãos vinculados, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, além do Ministérios do Meio Ambiente e de Mudanças Climáticas, da Defesa e dos Povos Indígenas, além dos nove estados que compõem a Amazônia Legal.
Lewandowski afirmou, durante a cerimônia, que o contrato assinado representa “o firme compromisso com o governo federal em fortalecer a segurança e a soberania de uma das regiões mais vitais do nosso país”.
O ministro aproveitou para criticar a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Sabemos que desde que foi criado, em 2008, o Fundo Amazônia tem desempenhado um papel crucial no apoio a iniciativas de preservação e gestão sustentável na região. Infelizmente, na gestão passada não foram implementadas novas iniciativas, nem recebidas novas doações, privando a região de recursos importantes para a sua proteção e conservação.”
E destacou que, com a AMAS, o governo federal dá um passo importante no combate às organizações criminosas que atuam no desmatamento e ligações ilegais na região. “O foco será em ações de inteligência que possam identificar toda a cadeia de crimes relacionados a essas atividades ilegais na Amazônia”, pontuou.
Segundo ele, a medida prevê ainda o fornecimento de viaturas policiais, barcos blindados, helicópteros, drones e outros equipamentos necessários, além da implantação de bases terrestres e fluviais na região.
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