O governo adiou o lançamento do Plano Safra 2024/2025 para a próxima semana. A cerimónia aconteceria hoje, mas a transferência para 3 de julho foi justificada pela falta de tempo para organizar a cerimónia —mesmo estando marcada há algum tempo. O adiamento irritou os ruralistas e levou a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) a emitir um comunicado criticando a desorganização.
A transferência foi decidida na reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Fernando Haddad (Finança), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) —a secretária executiva da Casa Civil, Miriam, também esteve presente Belchior, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
“Quero fazer uma grande mobilização, aqui em Brasília, na próxima semana, com os agricultores familiares. Vamos trazer máquinas, vamos lotar a Esplanada”, disse Teixeira.
Isto, porém, não aliviou a indignação da FPA. Na nota que emitiu, lamentou “o adiamento do Plano Safra 2024/2025, numa total demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal. É importante destacar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano”. validade”, frisou a entidade, referindo-se ao prazo do atual Plano Safra, que expira em 30 de junho, antes do anúncio do novo programa de financiamento.
O adiamento é mais um episódio da conturbada relação entre governo e ruralistas. Desde o leilão para compra de arroz importado — que acabou adiado, embora a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) tenha garantido que não era necessária a realização do evento, pois a safra gaúcha já havia sido colhida — o diálogo entre os dois lados tem sido difícil. Outro fator que levou os representantes agropecuários a criticarem o Executivo foi a medida provisória que limitaria a utilização dos créditos do PIS/Cofins, devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Este não é o primeiro adiamento. Fávaro anunciou que lançaria o plano em Rondonópolis, já que Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país. O governo, porém, recuou para evitar manifestações políticas —o Estado é um dos redutos do bolsonarismo.
O Plano Safra é um pacote de financiamento anual dividido em duas partes: uma para o agronegócio e outra para agricultores familiares. Ambos serão anunciados no mesmo dia, mas em eventos separados. O setor espera um investimento recorde de R$ 570 bilhões, superior aos R$ 364,22 bilhões investidos no ano passado —o maior até agora.
Para a CNA, do valor previsto para o biênio 2024/2025, R$ 470 bilhões deverão ser destinados aos médios e grandes produtores, e R$ 100 bilhões aos agricultores familiares. Porém, o governo deve chegar a R$ 532 bilhões para o programa. (Rosana Hessel e Henrique Lessa colaboraram)
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