A Polícia Federal abriu, nesta sexta-feira (5), inquérito em que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado por três crimes. Os servidores da corporação dirigiram-se ao serviço protocolar do tribunal portando um HD (disco rígido) com os autos do processo em meio digital e outra pilha de documentos físicos que serão enviados ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
A tendência é que na próxima semana Moraes envie a investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para comentários. Em seguida, o Ministério Público decide se apresenta ou não denúncia contra Bolsonaro e demais envolvidos. Se isso ocorrer e a denúncia for aceita, os acusados tornam-se réus no processo. Além disso, há expectativa de que Moraes retire o sigilo das investigações.
A corporação finalizou o relatório final sobre a situação e incluiu a descoberta de uma nova joia, levada aos EUA para ser vendida. Além de Bolsonaro, foram indiciados o ex-ajudante de campo Mauro Cid, seu pai, Mauro Cesar Cid, os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, entre outros.
Em maio, a PF enviou uma delegação aos Estados Unidos. Policiais brasileiros trabalharam em conjunto com o FBI em solo norte-americano e visitaram uma loja de penhores onde as joias teriam sido vendidas. A investigação mostra que os envolvidos sabiam da ilegalidade de levar o material ao país norte-americano e tentaram ocultar provas para dificultar o trabalho das autoridades. O objetivo seria vender para pagar a permanência no país.
Publicamente, Jair Bolsonaro nega irregularidades. Sua defesa informou que ele se manifestará quando tiver acesso ao relatório da investigação. Os advogados já solicitaram acesso ao material que foi entregue pela PF. Os investigadores acreditam que as evidências são robustas, incluindo informações sobre viagens aos Estados Unidos, tentativas de entrada no país com as joias sem que as pedras preciosas sejam declaradas na alfândega, além de registros de venda dos itens em joalherias nos Estados Unidos. , a devolução de parte do acervo após determinação do Tribunal de Contas da União e ainda uma foto tirada por Mauro Cesar Cid em que o próprio soldado aparece refletido no espelho da caixa usada para guardar as joias.
Entre os itens levados ao exterior estão um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico que foram recebidos por Bolsonaro durante viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. O relógio foi vendido por R$ 300 mil na Precision Watches, joalheria localizado na Pensilvânia, nos Estados Unidos. O objeto foi levado ao exterior em uma delegação oficial de Bolsonaro.
As investigações indicam que as articulações em torno dos materiais começaram em junho de 2022, quando Bolsonaro ainda era presidente e se organizava para buscar a reeleição. No relatório final, a PF não solicita a decretação da prisão preventiva ou temporária de nenhum dos investigados. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, citada durante as investigações, não parece ter sido acusada. Ela não ocupou cargo público no período em que ocorreram os fatos.
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