O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, convocou o Governo de Minas Gerais e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para se manifestarem sobre a questão da prorrogação do pagamento de a dívida de Minas Gerais com a União.
A convocação do ministro ocorre diante de novo comunicado da Advocacia-Geral da União (AGU), que solicita a retomada do pagamento da dívida, que gira em torno de R$ 160 bilhões. No despacho, Fachin solicita que o governo Zema e o presidente do Congresso apresentem suas propostas até 20 de julho, data em que termina o adiamento da cobrança de dívidas.
No despacho, Fachin determina que Pacheco forneça as “informações que julgar oportunas, no máximo à luz do informado Programa de Pagamento da Dívida do Estado (Propag), PLP 121/2024”, no prazo estabelecido.
Nesta semana, o governador Romeu Zema (Novo) voltou a pedir ao STF a prorrogação do prazo para pagamento das parcelas da dívida, sugerindo que o prazo seja prorrogado até que o Programa de Pagamento Integral da Dívida do Estado, citado por Fachin no despacho, seja regulamentado ou até a data do julgamento da ação de prorrogação do parcelamento, que está marcada para 28 de agosto no STF.
Vale destacar que a Propag ainda precisa ser analisada pelo Senado, pela Câmara dos Deputados e até sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No texto, Fachin pede ao Governo de Minas Gerais que se posicione especificamente sobre as condições indicadas pela Advocacia-Geral da União (AGU). Na última sexta-feira, a AGU apresentou pedido ao STF para que o governo mineiro pague parte da dívida com a União para ter o benefício de mais uma prorrogação do prazo de pagamento.
“A União, mais uma vez, solicita que eventual nova prorrogação do prazo para ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Estado de Minas Gerais fique condicionada ao cumprimento das contrapartidas impostas pelo ordenamento jurídico sobre o tema, em especial, a retomada do pagamento das parcelas do seu refinanciamento junto ao ente central, como se fizesse parte do Regime de Recuperação Fiscal”, afirma o comunicado da AGU ao Supremo.
Ou seja, Minas teria que pagar a parcela correspondente ao que teria pago caso já tivesse aderido ao RRF. A manifestação lembra que Zema entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal em dezembro de 2023 para ingressar no RRF sem autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A AGU destaca que o governo mineiro recorreu à Justiça para “inibir suposto bloqueio legislativo” contra a votação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), mas que “na prática verifica-se que o instrumento processual tornou-se um salvo-conduto para o não pagamento do serviço da sua dívida, com sucessivas prorrogações do período de carência de pagamento inicial típico do RRF”.
Em conversa com o Estado de Minas Neste sábado, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), disse que não concorda com a retomada do pagamento da dívida, mas comemorou a manifestação da AGU a favor da prorrogação do prazo. Ele espera decisão favorável do STF sobre a prorrogação do pagamento da dívida.
“A questão da retomada dos pagamentos, não concordamos nada, mas percebemos que o STF entende a sensibilidade do assunto. Os esforços das casas legislativas, tanto do Senado quanto da Assembleia [Legislativa de Minas Gerais], mostram que não adianta retomar o pagamento agora. Fico feliz que a AGU tenha manifestado seu apoio ao prazo, porque esse era o nosso ponto de preocupação naquele momento”, disse o vice-governador.
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