A assistente de voz Alexa, da Amazon, poderá ganhar uma versão mais inteligente e eficiente nas conversas, com melhor fluidez e compreensão do contexto nos diálogos. Mas o novo recurso deve exigir uma assinatura mensal adicional dos usuários, segundo fontes internas da empresa de tecnologia ao canal de televisão americano. CNBCque publicou reportagem sobre o tema nesta quarta-feira, 22.
O objetivo é colocar o Alexa, que vem integrado em alto-falantes inteligentes como o Echo Dot e foi lançado em 2014, no mesmo patamar de produtos rivais como o ChatGPT, da OpenAI, ou o Gemini, do Google. Graças à tecnologia generativa de inteligência artificial e aos modelos de linguagem ampla (LLM), esses robôs são capazes de receber comandos, compreender contextos e gerar conteúdo, tornando-os adequados para interagir com o usuário. A Amazon pretende usar seu próprio LLM, chamado Titan, para impulsionar a IA.
O plano é cobrar dos usuários uma mensalidade adicional, afirma o canal. CNBC. Essa assinatura não estaria incluída no plano Prime, que dá acesso a streaming de filmes e TV, músicas, livros e serviços de entrega rápida no site da empresa. O preço ainda não foi definido pela Amazon.
Um dos motivos da assinatura mensal é cobrir os custos de operação de uma “Alexa mais inteligente”. Isso porque, para que o serviço rode na nuvem, a empresa precisa instalar mais data centers, utilizar mais unidades de processamento gráfico (GPUs) e rodar a tecnologia em mais supercomputadores – operação que, no momento, é mais custosa para empresas de tecnologia. OpenAI, por exemplo, cobra US$ 20 por mês para usar os recursos de ponta do ChatGPT.
Segundo fontes reportadas à CNBC, Alexa sempre foi uma prioridade para Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon até 2021. Desde então, o presidente executivo é Andy Jassy, que cortou custos na empresa durante a pandemia de Covid e estabeleceu despediu milhares de funcionários, o que levou a empresa a despriorizar os investimentos em Alexa.
Recentemente, a Amazon investiu US$ 2,75 bilhões na startup Anthropic, fundada em 2021 por ex-funcionários da OpenAI e considerada um dos nomes alternativos no mercado de inteligência artificial. A parceria visa financiar as operações da startup, bem como compartilhar tecnologia entre as duas empresas, num modelo semelhante à cooperação entre Microsoft e OpenAI.
A Amazon não comentou os pedidos de resposta da CNBC.
A discussão sobre uma nova Alexa acontece em meio a uma corrida pela inteligência artificial entre grandes empresas de tecnologia. Ameaçados pela ascensão do OpenAI, cujo ChatGPT ganhou uma versão mais eficiente na semana passada, tanto a solução da Amazon quanto a Siri da Apple se veem “antiquadas” e inúteis se comparadas aos novos serviços. Agora, essas empresas estão correndo para melhorar seus assistentes.
A Apple planeja introduzir IA nos serviços e sistemas operacionais da marca, incluindo a própria Siri, assistente de voz da marca. A novidade deverá ser divulgada em evento marcado para o dia 10 de junho.
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