Criado pela Organização Mundial do Turismo (OMT) há exatos 45 anos, o Dia Mundial do Turismo é comemorado em todo o mundo no dia 27 de setembro, com um convite para refletir, celebrar e projetar a importância cultural, social e econômica desta poderosa indústria. Com seu papel transformador, o turismo gera milhões de empregos, promove o intercâmbio de culturas e fortalece o compromisso de diversos atores, inclusive dos viajantes, com a defesa e preservação da fauna e da flora.
Ouvimos líderes de algumas das mais importantes empresas que compõem o setor no Brasil, bem como a subsecretária de Turismo do Chile, Verónica Pardo. Em comum, reforçam que a data é uma oportunidade que deve gerar preocupação em todos, promovendo a reflexão sobre o papel de cada pessoa na promoção de um futuro mais inclusivo através do turismo e através de mudanças positivas, praticadas individual e coletivamente.
Clayton Araújo, Gerente Comercial da Europamundoé o primeiro a propor esta reflexão. Na sua avaliação, “o turismo vai muito além do negócio em si”, afirma, reforçando que exatamente por isso é necessário que as empresas revejam as suas ações e procurem cada vez mais proporcionar um turismo responsável e sustentável. “O direito de viajar tem-nos sido negado nos últimos anos e isso tem gerado uma maior procura, com consequências como o excesso de turismo, situação que tem sido resolvida, entre outras, pela limitação do número de pessoas em zonas de grande tráfego. Há também a identificação de destinos que se tornam alternativas às grandes capitais. E há também uma mudança no comportamento dos viajantes: a sociedade está mais focada na inclusão e na tolerância, o que é muito bom. E o turismo é uma ferramenta importante nesse sentido”, afirma.
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Inclusão também é palavra de ordem para Rafael Turra, diretor da Vital Card. “O turismo tem o poder de resolver os principais problemas que os países, as suas sociedades enfrentam e a forma como se relacionam entre si. Nossa indústria derruba muros, aproxima culturas, cria oportunidades – não só financeiras, mas também de superação de preconceitos e pacificação de tensões”, afirma.

Convidado a definir turismo em até cinco palavras, Caio Calfat, fundador e diretor geral da Caio Calfat Consultoria Imobiliária, e vice-presidente de Assuntos Turismo-Imobiliários do SECOVI-SPresponde rapidamente que “turismo significa qualidade de vida”. Na avaliação do executivo, a expressão “qualidade de vida” pode e deve ser utilizada com base em dois pilares de igual importância: o primeiro deles trata do viajante, no sentido mais puro da expressão; e a segunda trata das consequências económicas da indústria, considerando impostos, negócios e criação de empregos. Com os cerca de 100 subsetores cujas atividades orbitam e dependem da indústria, o turismo é responsável por quase 10% dos empregos em todo o mundo. “No que diz respeito ao Brasil, esperamos que os governos federal, estaduais e municipais valorizem o setor como atividade econômica e invistam no turismo brasileiro”, afirma.
Aqueles que também falam sobre a falta de incentivos são Cesar Nunes, vice-presidente de marketing e vendas da Atrio Hotel Managementa maior administradora hoteleira de capital 100% nacional do Brasil. “Hoje vivemos uma situação de enorme escassez de mão de obra no turismo global e a profissão perdeu a atratividade para as novas gerações. Além disso, vemos muito pouco – ou quase nada – investimento ou incentivo à formação de mão de obra qualificada por parte dos governantes. Até quando o nosso turismo viverá num lugar esplêndido quando tiver a oportunidade de se transformar numa grande potência global?”, questiona.
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Jardel Couto, CEO da VCA Construtoradestaca a importância de combinar o foco no presente e a oportunidade de projetar um futuro melhor. “Celebrar o Dia Mundial do Turismo é chamar a atenção para os desafios que o setor enfrenta nas esferas social, económica, histórica e ambiental. Assim, podemos contemplar a sua relevância sem perder de vista o impulso de longo prazo para a construção de um turismo mais equitativo e com melhor orientação”, afirma.
Presente no Brasil desde 2016, o líder global em hotelaria aeroportuária, Grupo Plaza Premium, é responsável pela gestão de mais de 10 lounges localizados em embarques nacionais e internacionais no Aeroporto Internacional de São Paulo, GRU Airport, e no Aeroporto Internacional Tom Jobim, RIOgaleão. Emerson Sanglard, Gerente de Vendas e Gerente de Marketing Brasilfala sobre a importância da reflexão para trazer melhores práticas. “Além do aspecto econômico, o turismo conecta pessoas, gera inclusão e promove culturas ao redor do mundo. Acho que a data serve de pausa para reflexão e nos incentiva a melhorar sempre. Temos o compromisso de pensar, todos os dias, quais experiências ofereceremos para atender todos os perfis de viajantes no Brasil e no mundo.”
Uma reflexão sobre os impactos da pandemia no Dia Mundial do Turismo
É um facto que as feridas causadas pela pandemia nunca serão esquecidas nas esferas sanitária, social, cultural e económica. Mas também há lições importantes aprendidas. Um deles trata do turismo sustentável, que passa de um nicho para uma preocupação real para governos, empresas, executivos e viajantes.
Num tom otimista, Verónica Pardo, subsecretária de turismo do Chilefala sobre as lições da pandemia com foco na sustentabilidade do setor. “O que vivenciamos nos deu a oportunidade de mostrar como queremos oferecer o que temos e como podemos definir nossas regras para preservar nosso meio ambiente e cuidar dele para as novas gerações. É como quando convidamos pessoas para nossa casa: nos preocupamos desde a chegada até a saída de quem nos visita, quanto tempo queremos que fiquem e como cuidamos do que temos a oferecer, inclusive estabelecendo nossos limites. Esta importante aprendizagem permite-nos lançar as bases para o desenvolvimento sustentável do turismo”, afirma.
Ao avaliar Rodrigo Rodrigues, Diretor Comercial da Schultz Operadoraembora a indústria do turismo tenha demonstrado resiliência, “ainda é prematuro dizer que os impactos da pandemia foram completamente ultrapassados e muitas empresas estão em processo de recuperação financeira, como é o caso das companhias aéreas”, afirma.
No entanto, apesar dos desafios, Rodrigues lembra que a pandemia desencadeou diversas transformações positivas que terão implicações duradouras, incluindo inovações tecnológicas (check-in virtual, pagamentos sem contacto e experiências de realidade aumentada), cujo investimento continuará a crescer, melhorando a experiência do cliente. e eficiência operacional; priorização de saúde e bem-estar, com destinos e serviços com esse foco tendo vantagem competitiva; adaptabilidade, conceito a partir do qual empresas mais ágeis e adaptáveis terão mais sucesso num mercado em constante evolução; e a sustentabilidade como prioridade. “O aumento da procura por viagens e ecoturismo mais sustentáveis já é uma realidade”, conclui.
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Além do desafio de equilibrar indicadores como receita, diária média e ocupação, Tais Castro, Gerente Comercial do Jardim Atlântico Beach Resortempreendimento localizado em Ilhéus (BA), fala sobre aprendizados e lições. “Aqui no resort todos os setores intensificaram seus processos e adotaram melhorias, seja na área de alimentação ou em cuidados de limpeza mais intensos. Tivemos que nos adaptar e evoluir para melhorar ainda mais a garantia dos serviços oferecidos e o acolhimento dos hóspedes”, afirma.
João Cazeiro, Diretor de Desenvolvimento da Livá Hotéis & Resortsfala sobre dois lados da mesma moeda. “Com a pandemia, por um lado, foram criados novos destinos, os chamados destinos boutique, com hotéis exclusivos com 15 ou 20 quartos e que foram desenvolvidos devido à ‘oportunidade’ da pandemia, sem um planeamento adequado. Por outro lado, hoje esses empreendimentos sofrem com a falta de escala porque o viajante que tem perfil para esse produto e/ou destino voltou às viagens internacionais”, afirma.
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