Em relação às duas novas inaugurações de hotéis anunciadas recentemente – o Clara Arte Inhotim (Boutique) em Brumadinho, que será inaugurado em dezembro deste ano após dez anos de espera e o Tribe Hotel (Lifestyle), este no coração da capital mineira, que abrirá as portas no próximo ano – a coluna desta semana busca apresentar diferenças básicas entre três segmentos que muitas vezes são confundidos pelo grande público e até mesmo dentro da própria hotelaria.
Resumidamente:
- Boutique: Estilo único, focado no design, pode ser um hotel independente ou afiliado a uma rede internacional ou nacional. Geralmente dirigido a um público de elite que aprecia a exclusividade e os serviços agregados presentes nos hotéis de luxo.
- Estilo de vida: Hotéis desenhados a partir do projeto para refletir as tendências comportamentais atuais. Para tanto, seu design está atento aos hábitos de consumo e valorização do público jovem e descontraído, com bom poder aquisitivo, mas não necessariamente hedonista o suficiente para gastar valores elevados em tarifas hoteleiras.
- Marcas suaves: adequado para hotéis individuais ou pertencentes a redes de pequeno ou médio porte. Por meio deles, oferecem aos proprietários e operadores soluções customizadas e a oportunidade de ingressar em uma rede de distribuição, mantendo design, nome e operação próprios e independentes.
Por que é importante diferenciar corretamente esses segmentos?
À medida que as preferências dos viajantes mudam, a indústria hoteleira (sim, acredite, a hospitalidade é classificada como uma indústria!) responde com novos produtos e modelos para satisfazer as necessidades em mudança dos hóspedes. Ao longo da evolução do marketing, surgiu a necessidade de melhores definições para ajudar os proprietários, investidores e até as próprias redes na criação ou transformação de marcas e na definição de nichos específicos de forma mais clara, segmentando os seus clientes e evitando a mistura, por vezes complexa, de grupos de pessoas com interesses díspares. num hotel que muitas vezes não é muito grande e tem áreas compactas. Além disso, à medida que o investimento se abre para projetos hoteleiros que se afastam dos modelos tradicionais, as definições desses novos segmentos tornam o entendimento mais favorável ao desenvolvimento.
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As conversas entre proprietários de terrenos, construtores, promotores, arquitetos e potenciais investidores evoluem a partir da discussão inicial sobre o conceito do futuro hotel. Antes a questão era apenas: escolheremos um administrador ou seremos independentes? Hoje, a indústria hoteleira apresenta inúmeras novas alternativas no que diz respeito ao branding e à procura de linhas de crédito ou de investidores dispersos.
Estes segmentos emergentes crescerão, como mostram pesquisas recentes, como “O Grupo das Terras Altas” que compilou dados relativos a projetos de 659 hotéis Boutique, 178 hotéis Lifestyle e 208 hotéis Soft Brands. Com base apenas nesta amostra, o volume total destes investimentos atingiu 16 mil milhões de dólares na América do Norte.
Hotéis boutique
Os hotéis boutique foram o verdadeiro divisor de águas à medida que o segmento amadureceu desde seus primeiros lançamentos na década de 1970. As empresas hoteleiras concluíram que a percepção dos clientes era semelhante à daqueles que frequentavam lojas de roupas de grifes famosas, daí a expressão “boutique”.
Em 2014, o segmento boutique registou a maior receita por quarto disponível (RevPar) em comparação com hotéis de marcas conhecidas que oferecem “serviço completo”(serviço completo) em uma grande rede que opera hotéis nos Estados Unidos e na Europa. Com o tempo, os hotéis boutique evoluíram para projetos muito focados no design de interiores, muitas vezes até misturando estilos.
O aumento da demanda pelo segmento foi de 26% nos últimos cinco anos, ante o aumento de 8,5% no crescimento total da oferta de boutiques no Brasil, o que revela uma forte demanda reprimida por esta categoria. O crescimento percentual da ocupação dos hotéis boutique, da diária média e do RevPAR também tende a superar a média do setor nos próximos anos. Por se tratar de uma operação que não se adapta facilmente e rapidamente, é sempre recomendado que, no caso de retrofits, o investidor busque know-how de profissionais que já atuam no segmento.
Por serem independentes, podem operar sob novos modelos de gestão com mais eficiência, agregando toques que tornam a experiência do hóspede memorável, obtendo assim maior receita. Além disso, pode ser benéfico não ter o fardo de uma gestão de longo prazo ou de um contrato de franquia, uma vez que há um número crescente de sociedades gestoras focadas neste conceito.
Hotéis de estilo de vida
O mais novo modelo do segmento está destinado a se tornar cada vez mais presente na hotelaria. Assistimos cada vez mais a pequenas, médias e grandes cadeias hoteleiras lançando novas marcas ou mesmo adaptando marcas existentes ao conceito Lifestyle. Prevejo que a partir de agora isso crescerá exponencialmente.
Redes de prestígio como: Marriott, Wyndham, IHG, Hilton, Accor e muitas outras lançam constantemente hotéis Lifestyle. Um bom exemplo são os hotéis Moxi marca criada pela Marriott presente nas principais cidades cosmopolitas do mundo. Do ponto de vista da procura, podemos atestar que este segmento tem apresentado um crescimento anual próximo dos 20% desde 2014, exceto durante o período pandémico, nomeadamente devido aos robustos investimentos em marketing e ao correspondente aumento da oferta de quartos de hotel na categoria .
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A chave do sucesso está nos diferenciais operacionais e na gama de serviços oferecidos aos usuários em um ambiente que estimula a interação entre as pessoas que ficam em áreas despojadas, bem distribuídas e rodeadas de muita tecnologia. sem contato e configurações voltadas para o público mais jovem. Os serviços vão muito além dos tradicionais, mas não são necessariamente mais caros, pois não seguem os padrões rígidos das marcas hoteleiras mais tradicionais. Modismos surgem a cada dia neste novo segmento e através deles oportunidades de geração de receita como:
- Serviços de autoatendimento a partir de dispositivos como celulares e tablets;
- Áreas internas acessíveis aos moradores da cidade onde está localizado o hotel;
- Espaços pequenos e médios para interações, jogos ou trabalho;
Todas essas inovações conceituais proporcionam receitas de alimentos e bebidas bem acima do ticket médio de um hotel convencional de “midscale”.
Hotéis Soft Brands
São hotéis que estão ligados aos sistemas de distribuição, vendas, marketing e fidelização do operador hoteleiro ao qual estão afiliados. Por exemplo, UNNA HOTÉIS “Hotel Tech” que faz parte do Grupo Hotelaria Brasil com 21 anos de presença no segmento de gestão hoteleira. Seu objetivo é levar soluções tecnológicas eficientes e acessíveis às principais áreas estratégicas do hotel: operacional, inteligência de dados, precificação, distribuição e experiência do hóspede, além de módulos de treinamento para capacitação de pessoal, gestão compartilhada com o proprietário do hotel, criação de planos de trabalho conjuntos e acompanhamento permanente da evolução dos resultados nos quais se centram essencialmente as remunerações da empresa.
Comparando a oferta e a procura, a quota de marcas leves crescerá significativamente ao longo dos próximos anos, em parte porque, à medida que as marcas leves alcançam melhores resultados para os seus investidores e proprietários, a sua reputação aumenta, atraindo cada vez mais pessoas interessadas no modelo. Em geral, também se posicionam acima da média nos mercados onde atuam tanto em termos de ocupação como de diária média, seja na categoria econômica (3 estrelas) ou midscale (4 estrelas).
“Nossa empresa tem como foco uma administração enxuta, controles vinculados à tecnologia embarcada em nossa plataforma, sistemas hoteleiros inteligentes e fáceis de usar, simplificando processos de vendas, ampliando a capacidade de distribuição e aumentando o valor dos ativos por meio do aumento de resultados. Hoje, a UNNA possui 5 hotéis contratados em seu portfólio com significativo viés de crescimento aliado ao grande número de hotéis independentes em operação no Brasil”, explica Karol Garrett, CEO da Unna Hotéis.
“O modelo conceitual adequado a um hotel deve ser constantemente submetido a estudos de análise considerando cenários futuros”.
Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)
Instagram: mvsluys e-mail: mvsluys@gmail.com Whatsapp: (31) 98756-3754
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