É inegável que o tema principal no Brasil, além das férias, do verão e da preparação para o carnaval que se aproxima, é o estrondoso e merecido sucesso do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido pelo brilhante Walter Salles e estrelando um elenco jovem. e fabuloso, liderado pelo talentoso Selton Mello e pela premiada Fernanda Torres.
O filme conta a história e recria a experiência vivida pela advogada Eunice Paiva e seus filhos, no Brasil em 1971, em plena ditadura militar, quando o patriarca da família, Rubens Paiva, foi “convidado” a desaparecer!
Não ouso falar muito sobre o filme, mas é impossível tocar nesse assunto e não elogiar “Eunices”! Uma delas, a verdadeira Eunice Paiva, mãe, resiliente, que estudou Direito e se posicionou historicamente como ativista dos Direitos Humanos no Brasil, após o desaparecimento de Rubens Paiva, seu marido.
A outra, Eunice Paiva da ficção, que voltou à vida na pele e na voz de Fernanda Torres e de sua mãe Fernanda Montenegro, que de forma sensível, clara e muito presente, deu vida à transformação vivida por uma mulher forte, lidando com o desaparecimento agressivo de seu marido, num difícil momento brasileiro, transformando-a em uma voraz defensora dos Direitos Humanos.
Fernanda Torres, com atuação vitoriosa e premiada, nos apresentou a dor resiliente de Eunice Paiva, que, como pôde, manteve a rotina familiar com os filhos, ao mesmo tempo em que buscava corajosamente a verdade.
Não tenho muito o que falar sobre a direção de Walter Sales, basta assistir ao filme para sentir leveza, verdade, realidade, sensibilidade e competência.
Mas o gancho que me interessa captar é a frase que dá título ao filme, “Ainda estou aqui”!
Refletindo sobre “Ainda estou aqui”
Penso intimamente que ainda vivemos numa luta incansável por justiça e memória, num cenário muitas vezes sombrio de tortura, agora mais psicológico e virtual, que nos apresenta até hoje um odor de violência, de feridas deixadas pela ditadura militar e em muitos casos, até de impunidade.
Estamos em 2025 e literalmente, “Ainda estou aqui!”, neste Brasil que não se cansa de expor as mazelas sociais, que só crescem e estão profundamente interligadas, criando um ciclo vicioso de desigualdade e exclusão, e já estamos no Século XXI.
LEIA TAMBÉM: Possibilidades culturais no Brasil em 2025
Sinceramente, eu queria envelhecer em um ambiente social e culturalmente mais saudável, mais bem abastecido de obras contemporâneas mais qualificadas, como o que temos visto na produção literária e cinematográfica brasileira, acontecendo também nos segmentos de música, artes cênicas, artes plásticas, manutenção de tradições folclóricas e muito mais.
Tenho plena convicção de que o povo brasileiro merece ser atendido com ações culturais competentes, convincentes e educativas. Seria uma forma mais justa de contraponto, com a realidade que nos é mostrada todos os dias em diversos cenários.
Ainda nos sentimos inseguros
Se falamos de segurança pública, o que vemos nos noticiários é apenas violência, com índices altíssimos de homicídios, roubos e agora até violência por parte da sociedade vítima, contra os marginalizados, expressando seu descontentamento com tantos absurdos e falta de paz social .
A insegurança que paira em qualquer “ponto de relaxamento”, especialmente nas grandes cidades, confirma-nos a total falta de confiança nas instituições e no sistema de justiça.
Num cenário mais comunitário, o que vemos é um claro aumento da pobreza e da desigualdade social e isso não é surpresa. Num país onde a concentração da riqueza é clara, com dados que confirmam que 1% da população detém 40% da riqueza nacional e mais de 20 milhões de brasileiros vivem com menos de R$ 420,00 por mês, o que podemos esperar.
Num outro espectro, insistem que não, mas fica cada dia mais claro que vivemos, em muitos aspectos, o sentimento e a presença da censura e temos cada vez menos segurança da liberdade de expressão.
Vivemos uma época repleta de restrições, com ameaças e violências camufladas contra a sociedade, contra os profissionais da comunicação, controle de informação, que hoje podemos chamar de “censura online e offline”, restrições à liberdade criativa e uma lamentável alienação da educação em geral.
Claro que temos ilhas de conforto e sabedoria, principalmente a nível municipal, onde os recursos são necessariamente aplicados na educação, mas noutras esferas a falta de recursos para a educação pública é clara e deliberada. O acesso à educação de qualidade, infelizmente, é desigual e se você pensar bem, ainda menciono uma série de problemas que não deveriam estar presentes neste ambiente.
Ainda estamos aqui e o que podemos fazer?
É por isso meus queridos leitores, por isso digo: “ainda estou aqui”, resistindo, acompanhando meu trabalho, tentando levar minha colaboração social da melhor forma possível e convivendo, lamentavelmente, com as consequências que são inevitáveis diante de polarização social com divisões claras e muita intolerância.
Esta estagnação económica é a porta aberta à desigualdade e à pobreza, o que, evidentemente, limita o crescimento.
Afinal, como “ainda estou aqui” não vale a pena, ou não adianta só reclamar, também temos que pensar em caminhos e soluções para tudo isso, afinal ainda estamos aqui e estamos vivos e produtivos.
Na medida do possível, é importante e necessário exigir a implementação de políticas públicas inclusivas, que criem um ambiente para investimentos em educação, saúde e muito mais, em segurança.
É evidente a importância e a pressa em pensar numa reforma fiscal progressiva, se quisermos realmente reduzir a desigualdade económica. Como cidadãos, temos a obrigação de agir para incentivar cada vez mais a participação cidadã, se quisermos fortalecer a tão necessária democracia participativa.
Devemos proteger a liberdade de expressão, criando um cenário de proteção à produção cultural e às artes em geral e, por fim, lutar pela justiça social e pela igualdade em todas as áreas, combatendo qualquer tipo de discriminação.
2025, ano da COP 30
Como estamos em 2025, ano da COP 30 em nosso país, é nosso dever estar atentos ao atual cenário de sustentabilidade no Brasil, que nos apresenta desafios e oportunidades. Apesar dos avanços em vários aspectos, ainda há muito a ser feito e essa obrigação é nossa, população brasileira.
Ainda lidamos com enormes desafios, como o desmatamento e a perda de biodiversidade. Já caminhei muito pelo norte do Brasil e é fácil entender os efeitos na Amazônia e em outros biomas brasileiros que enfrentam um alto índice de desmatamento.
LEIA TAMBÉM: 2025, despesas, calor e folia
As alterações climáticas, ano após ano, mostram-nos os seus terríveis efeitos. O Brasil é o 6º maior emissor de gases de efeito estufa. Precisamos mudar nosso comportamento e aprender as práticas mais adequadas para nossos recursos hídricos. A seca e a escassez de água afectam muitos locais em muitas regiões do país.
A saúde fica comprometida pelo aumento da poluição, com resultados negativos como a contaminação do ar, do solo e da água pelas atividades industriais e agrícolas. Falta-nos infra-estruturas para uma gestão adequada dos resíduos e insistimos em gerir de forma inadequada os resíduos sólidos que produzimos em larga escala.
É hora de pensar em aproveitar as oportunidades e enfrentar o desafio da renovação energética, aproveitando o sol, o vento e a água para nos oferecer a energia que necessitamos.
Ampliar o conhecimento sobre práticas agrícolas orgânicas de baixo impacto ambiental, que atribuem caráter sustentável ao ambiente agrícola. Incentivamos ações de proteção às áreas naturais, incentivamos o ecoturismo e conscientizamos sobre a preservação.
Precisamos urgentemente pensar em inovações tecnológicas que permitam o desenvolvimento de soluções sustentáveis, como a economia circular, que reduz, reutiliza e recicla resíduos.
Envolvimento de todos para um futuro melhor
Como ainda estou aqui, sonhar não custa nada! Conheceremos iniciativas do setor público e do setor privado e incentivaremos a sociedade como um todo a enfrentar o desafio de promover e conscientizar sobre a importância da sustentabilidade para a nossa qualidade de vida no futuro.
A participação cidadã não é uma opção, mas uma obrigação para engajar as comunidades em que vivemos, para que elas participem sempre das decisões sobre ações que envolvem o meio ambiente e estejam atentas ao consumo responsável, escolhendo produtos sustentáveis e saudáveis.
E para nós não custa nada praticar a redução de resíduos, em todas as áreas.
Temos a sorte de estar na era da tecnologia e da inovação. Estamos na era dos investimentos e pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias limpas e buscando a eficiência energética.
Podemos e devemos ajudar a alcançar os resultados do nosso progresso. Sempre atuais, pensamos em reduzir emissões de gases de efeito estufa, preservar áreas florestais, reduzir desperdícios e muito mais. Se ainda estou aqui, preciso dar a minha contribuição cívica para uma vida melhor.
Queremos e precisamos de um cenário de sustentabilidade mais adequado e para isso precisamos aguçar nosso compromisso político e social, contribuir ao máximo, com investimentos em tecnologia e inovação e difundir ações de educação, conscientização e sensibilização para o maior número de pessoas .
Você, que nos lê e também ainda está aqui, está disposto a participar e contribuir para um futuro mais saudável, seguro e próspero?
Sinceramente espero que sim. Juntos chegaremos lá!
Até a próxima.
Siga o @portaluaiturismo no Instagram e TikTok @uai.turismo
como fazer empréstimo pelo pic pay
empréstimo para aposentados do inss
bxblue telefone
empréstimo pessoal picpay
central de atendimento picpay
empréstimo aposentado simulação
como pedir empréstimo picpay
emprestimo para aposentado simulador
empréstimo para aposentados online
picpay png