Ainda sob a forte e positiva repercussão da matéria do último dia 9 de janeiro, quando prestamos informações a respeito da decisão devidamente documentada dos proprietários do Mercure Lourdes BH de mudar o rumo do referido condohotel, continuaremos com o instigante tema a respeito do razões e eventual valor estratégico que se refere à opção por uma mudança de marca que gere maior eficiência ou mesmo, no caso de hotéis independentes, decidem optar por uma das que existem no mercado.
Investir no mercado hoteleiro tem sido uma diversificação de negócios buscada por um número crescente de brasileiros. Contudo, a crescente competitividade e a inconstância histórica da nossa economia deixam muitos investidores inseguros tanto no caso dos condomínios hotéis (onde o investimento é disperso) como ainda mais quando se trata de contribuições de um único proprietário, grupos familiares ou empresas.
Uma forma de esse negócio ser rentável e se destacar dos concorrentes é por meio da afiliação a uma marca hoteleira com credibilidade no mercado e que entregue bons resultados aos seus investidores. Para isso, um “benchmark” (pesquisa) com outros investidores que já possuem essa bandeira me parece um passo essencial durante o período de pesquisa de mercado e análise das propostas existentes.
Como funciona a afiliação a uma marca hoteleira?
Afiliar-se a uma rede hoteleira ou mudar de marca tem sido uma prática comum no mercado de alojamento nos últimos anos, uma tendência que não irá abrandar tão cedo. Medida que hotéis e pousadas adotam para garantir maior relevância no mercado e acelerar o aumento dos resultados. Com a crescente oferta de apartamentos de hotéis, moradias compartilhadas e outras formas alternativas como aplicativos conhecidos como AirBnb, entre outros, parece surgir a opção de adicionar o nome de uma rede ao hotel para ganhar mais destaque diante da concorrência. para ganhar cada vez mais força.
Quais são as vantagens da adesão?
Além do reconhecimento no mercado hoteleiro, existem outras possíveis vantagens na conversão de um hotel de marca própria para outro que já esteja mais presente no mercado de distribuição, especialmente através de canais online e da adoção de “Business Intelligence” que são muito mais consolidados entre os “Players” e que estão há mais tempo no cenário, buscando continuamente suas atualizações mercadológicas.
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Aqui preciso lembrar que, no caso dos hotéis familiares brasileiros, vejo que a gestão das acomodações raramente é o principal negócio de seus proprietários, portanto não se torna o foco prioritário e, como consequência, pode mantê-los fora em sintonia com as constantes mudanças inerentes, como a introdução de novas tecnologias, inovações, tendências de consumo, práticas modernas de gestão de pessoas e legislação em constante mudança.
Para quem está iniciando um novo negócio hoteleiro, é importante lembrar que é muito mais fácil conquistar a confiança do seu cliente final através de um nome conhecido do que conquistá-la do zero, mesmo que você pague um pouco mais por isso. .
Quando você faz parte de uma rede hoteleira, há um limite de benefícios que não deve ser ultrapassado. Em suma, o seu hotel beneficiará os seus hóspedes, mas dentro de uma percentagem que deve estar claramente estabelecida nos contratos e que deve ser acompanhada de perto em auditorias permanentes.
De qualquer forma, ainda é preciso estar atento à gestão
Contratar gestão terceirizada e/ou adotar o uso de marca não significa não permanecer próximo e atento à gestão hoteleira. É necessário aprovar e acompanhar todas as compras e despesas e o que se propõe investir na capacitação dos colaboradores para garantir um atendimento de excelência e todas as políticas adotadas de recrutamento, seleção, contratação, gestão interna e reposição de mão de obra. Algumas cadeias hoteleiras costumam planear, promover e custear parte destas formações, que devem ser periódicas dado que o “turnover” na hotelaria é significativamente superior ao de outras atividades.
As redes estudam melhores formas de obter capilaridade comercial e padronizar processos. Isso, quando bem executado, resulta em maior agilidade no trabalho e clareza para as equipes.
Um hotel independente, antes de decidir por um contrato de gestão ou de uso de marca, precisa conhecer seus custos e gargalos operacionais. Em tese, as redes deveriam deixar claro em suas negociações o que pretendem fazer para reduzir despesas e aumentar receitas. Para tal, deve ser apresentado um plano de negócios bem desenhado e estruturado após uma análise aprofundada do mercado local, os seus custos aprovados de comum acordo e a sua execução acompanhada de perto pelos proprietários.
Estude as marcas antes de tomar qualquer decisão
Antes de decidir pela contratação ou mudança de marca do seu hotel, é importante analisar as opções existentes no mercado que se enquadram no perfil da opção de hospedagem. Para isso, entre outros, avaliar, com o auxílio de um “asset manager” (consultor especializado e com ampla experiência em operações hoteleiras), as redes que oferecem melhor desempenho de mercado naquele segmento, assertividade comercial, comparação de custos iniciais e permanentes. custos de adesão. que deve estar atrelado a resultados, a um rígido controle de custos e, principalmente, a um canal permanentemente aberto de diálogo e diálogo didático com os investidores.
Pesquisar a reputação da rede hoteleira através das avaliações dos clientes nos canais de distribuição e OTA’s é outra medida fundamental no diagnóstico. Uma rede ou marca com imagem comprometida pode trazer consigo o peso da rejeição na hora de pesquisar ou fazer reservas em hotéis, mesmo que ofereça melhores tarifas ou benefícios adicionais, pois o consumidor moderno pesquisa muito antes de decidir adquirir produtos e serviços.
Outro aspecto essencial para novos hotéis “greenfield” é definir o seu público-alvo. Tanto as cadeias hoteleiras como as marcas têm muitas vezes “expertise” bem definida para os segmentos: económico, “midscale”, “lifestyle” ou luxo. Todas podem ser vantajosas, mas dependerá do valor a ser investido no projeto e construção e do mercado onde o hotel estará presente.
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O mercado hoteleiro é um sector onde a rentabilidade é moderada, mas um hotel ou pousada, quando bem gerido, tem uma depreciação baixa e uma longevidade interessante, com possível valorização monetária pois normalmente estão localizados em localizações prime, com boa visibilidade e é um local amigável. atividade. que desenvolve economicamente a localidade.
Antes de escolher e firmar uma parceria, é importante ter cuidado e estudar todas as possibilidades existentes que se enquadrem na disponibilidade de investimento e nas intenções dos proprietários.
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Maarten Van Sluys (Consultor Estratégico em Hotelaria – MVS Consultoria)
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