Já visitou as 4 cidades Patrimônios da Unesco em Minas?

Quem perdeu as “férias” de 2024 pode pular de alegria, pois 2025 promete ser um ano repleto de pausas prolongadas. Dos 13 feriados nacionais, nove cairão em dias úteis, o que poderá implicar períodos de descanso prolongados. Ainda haverá datas comemorativas estaduais e municipais, que dão direito a descanso extra a quem ali mora.

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A maioria dos feriados cairá em dias úteis e muito próximos dos finais de semana, como se o calendário tivesse combinado com o descanso. E não para por aí. Além dos feriados nacionais, os locais também vão oferecer aquelas datas comemorativas que dão direito a mais um dia na cachoeira ou no sofá para quem mora na região.

Dado o tempo livre, os brasileiros têm uma excelente oportunidade de explorar alguns dos tesouros mais valiosos do país: Locais do Patrimônio Mundial. Esses lugares, reconhecidos pela UNESCO por seu valor cultural ou natural, oferecem uma viagem inesquecível pela rica história e biodiversidade do Brasil, com quatro destinos localizados em Minas Gerais Aqui estão algumas dicas de destinos para visitar:

1. Cidade Histórica de Ouro Preto

Diamantina foi a segunda cidade mineira a ser tombada pela Unesco

Juarez Rodrigues/EM

Obra-prima do Barroco Mundial, Santuário Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, foi reconhecida como Património da UNESCO em 1985

Alexandre Guzanshe/EM

Pampulha é o primeiro bem cultural a receber o título de Paisagem Cultural do Patrimônio Moderno

Jair Amaral/EM

Ouro Preto foi a primeira cidade a receber o título de Patrimônio Mundial da UNESCO no país, em 1980.

Leandro Couri/EM

Turistas se encantam com a arquitetura barroca colonial de Ouro Preto, cidade Patrimônio Mundial da UNESCO
Beto Novaes/EM

Ouro Preto encanta os visitantes com a arte centenária dos tapetes devocionais. Através deles, os anjos flutuam durante a sagrada procissão

Beto Novaes/EM/DA Imprensa.

Vista de Ouro Preto, onde se avista a igreja, no topo, e o casario colonial
Beto Novaes/EM/DA Imprensa

Interior da Matriz do Pilar, em Ouro Preto, com detalhes dourados
Juarez Rodrigues/EM/DA Imprensa

Ouro Negro
Juarez Rodrigues/EM

Antiga capital do estado de Minas Gerais durante o ciclo do ouro no século XVIII, Ouro Preto é um espetáculo da arquitetura barroca colonial, com sinuosas ruas de paralelepípedos, pontes, fontes e praças voltadas. Para uma experiência completa, não deixe de visitar a Igreja de São Francisco de Assis e o Museu da Inconfidência. Ouro Preto foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1980, tornando-se a primeira cidade brasileira a receber este título.

2. Centro Histórico de Diamantina

O Centro Histórico de Diamantina (MG) foi tombado como Patrimônio Mundial em 1999. Localizada na Serra do Espinhaço, na porta de entrada do Vale do Jequitinhonha, a cidade se desenvolveu a partir da exploração de minerais e, principalmente, de diamantes. A arquitetura de origem portuguesa, as ruas de paralelepípedos e os morros tornam Diamantina única. Entre os principais monumentos que compõem o centro histórico, destacam-se o Museu dos Diamantes e a Biblioteca, as residências nobres e as igrejas, como a Nossa do Carmo e a Igreja de São Francisco.

3. Conjunto Moderno Pampulha

O Complexo Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, recebeu o título de Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2016. A Pampulha é o primeiro bem cultural a receber o título de Paisagem Cultural Patrimônio Moderno. Concebido como uma obra de arte total, integrando as peças artísticas com os edifícios e estas com a paisagem, contém as quatro primeiras obras assinadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, projetadas na década de 1940. Para a UNESCO, o local representa uma obra-prima da genialidade humana criativa, e o próprio Oscar Niemeyer o considerou uma de suas obras mais importantes. Formado por uma paisagem que reúne quatro edifícios articulados em torno do espelho d’água de um lago artificial urbano, é composto pela Igreja de São Francisco de Assis, pelo Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), pela Casa do Baile (Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte) e o Iate Golfe Clube (Iate Tênis Clube). Completam esse patrimônio cultural os painéis de azulejos de Cândido Portinari, esculturas de artistas renomados como Alfredo Ceschiatti e José Alves Pedrosa e os jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx.

4. Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas)

Considerado uma das obras-primas do Barroco mundial, o Santuário de Bom Jesus de Matozinhos foi tombado como Patrimônio da Humanidade em 1985. Localizado em Minas Gerais, no município de Congonhas, o Santuário começou a ser construído na segunda metade do séc. Século XVIII. O complexo é composto por uma igreja, com interior em estilo rococó, um adro murado e uma escadaria externa decorada com estátuas de pedra-sabão dos 12 profetas, além de seis capelas dispostas lado a lado na encosta em frente ao templo, chamadas Degraus, ilustrando a Via Crucis de Jesus Cristo. As 66 esculturas em madeira policromada em tamanho natural, alojadas nas seis capelas que reúnem os sete grupos de Passos da Paixão de Cristo, constituem um dos mais completos conjuntos escultóricos de imagens sacras do mundo, sendo, sem dúvida, uma das obras-primas de Francisco Antônio Lisboa, conhecido como Aleijadinho, que deixou à humanidade uma obra de grande expressão e originalidade.