“Quando dizem que o Monte Roraima (RR) é um lugar único no mundo, sim, é verdade.” Esse é o relato da viajante Pricilla Tatagiba, que realizou uma expedição ao local. “Não há vídeo ou imagem que consiga captar essa imensidão. Há muita coisa aí que escapa à nossa compreensão. Saber ouvir os guias que têm verdadeira intimidade com esse lugar me fez perceber que não conseguiria descobrir tudo em uma única visita”, conta.
Paisagens diferentes de tudo que os olhos já viram e sensações diferentes de tudo que o corpo já experimentou. Embora as palavras sejam diferentes, a descrição de quem conhece o Monte é a mesma. Pricilla chegou ao seu destino sem pesquisar ou saber muito, aprendeu e entendeu a grandiosidade das formações rochosas, ali mesmo. “Fui sem expectativas e conheci o lugar no local, mas dizer adeus à parede foi muito doloroso. Caminhar e fugir do Monte foi muito visceral. É dizer adeus a um grande amor sem a certeza de poder estar lá novamente.”
Quem procura o gigante geralmente não tem a mínima consciência do que o espera. Formada há mais de 2 bilhões de anos, no período Pré-cambriano, a 2.875m de altitude, com a paisagem repleta de rios, cachoeiras e formações rochosas, cercada por diferentes aspectos da espiritualidade de seus hospedeiros e protetores indígenas Taurepang, guardados pelos Parque Nacional Taurepang Monte Roraima (RR), na fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana, o Monte Roraima é uma das montanhas mais antigas do mundo e tem o cume mais longo do planeta, medindo 34 km².
É considerada um verdadeiro santuário e meta de ascensão por um número cada vez maior de caminhantes, que fazem trekking em inglês. De acordo com um relatório da Future Market Insights (FMI), a procura global por turismo de aventura entre os anos de 2023 e 2033 deverá aumentar 16,2% ao ano. Além dos viajantes brasileiros, que são em sua maioria oriundos do sul e sudeste do país e escolhem o Monte como destino, os estrangeiros também estão na lista. Roraima recebeu turistas, principalmente do Chile, Argentina e Estados Unidos entre 2022 e 2023, que chegaram pelos aeroportos de Brasília (42,5%) e Guarulhos (22,1%).
Espiritualidade e cosmovisões
Ir ao Monte Roraima para descobri-lo é, além de uma grande aventura, uma experiência que coloca o viajante frente a frente com a história da Terra. As lendas que o cercam referem-se ao seu surgimento, como a que diz que os indígenas Macuxi, que então viviam no local, um dia notaram uma bananeira no local, seguida de um aviso divino que dizia que não era permitido cortá-lo ou comer seus frutos. . Depois de não respeitar a mensagem e cortar a planta pela raiz, a natureza se revoltou e, com raios e trovoadas, criou o muro.
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Mais do que as lendas contadas há séculos, estar ali é uma verdadeira experiência de um lugar mágico diferente de tudo. “Há quem se aventure no Monte para superar desafios físicos, no entanto, o verdadeiro significado desta expedição reside na compreensão dos aspectos sagrados da sabedoria ancestral dos povos indígenas de diferentes etnias que reverenciam, respeitam e compreendem este espaço único no planeta Terra como fonte de vida, espiritualidade e, sobretudo, transformação. O intercâmbio que tive com os Taurepang me transformou completamente e foi um divisor de águas na minha concepção de mundo”, destaca Alberto Rabelo, produtor das experiências Vivalá e do roteiro para Monte Roraima.
Seus atuais protetores são os indígenas Taurepang, que também são guias e conduzem grupos de viajantes pelas trilhas, o que deve ser feito sempre com a ajuda de um morador local. O roteiro oferece uma imersão na cultura e folclore Makunaima. “A experiência com os povos indígenas e venezuelanos da equipe é maravilhosa. Pessoas incríveis, com histórias incríveis e superpoderes de transportar todos os equipamentos e cuidar da gente de uma forma tão respeitosa, acolhedora, calorosa e carinhosa”, afirma Pricilla.
O viajante também lembra do primeiro momento de contato visual com o Monte Roraima, que, apesar de simples, tem um significado especial para quem esteve presente. “Lembro que até chegarmos ao acampamento base ele (Monte Roraima) estava sempre coberto de nuvens, como se não quisesse se mostrar. Mas lá na base, aos poucos, as nuvens se dissiparam até ele se mostrar por completo. Foi um momento de muita euforia e felicidade para o grupo. O primeiro contato com a parede foi muito emocionante. Estar lá em cima e ver o tempo mudar em questão de segundos foi lindo. Permitir-me sentir a energia do lugar, sentir o frio, o vento, o sol, as águas… é tudo mágico se nos abrirmos à experiência.”
Expedição de dez dias ao Monte Roraima coloca o viajante em contato consigo mesmo
Uma das formas de conhecer o Monte Roraima é por meio de uma Expedição de Aventura, como a colaboração entre Vivalá, atuante no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil, e Roraima Adventures (RRAdv), especialista na região há 22 anos e um pioneiro em expedições. para o Monte Roraima. “A Amazônia é o berço do Vivalá e estamos extremamente felizes em expandir nossa operação para o sétimo dos nove estados da Amazônia Legal, especialmente para um lugar verdadeiramente inacreditável como a experiência Monte Roraima, que oferecerá uma experiência incrível e transformadora para nossos viajantes. ”, afirma Daniel Cabrera, Cofundador e Diretor Executivo da Vivalá.
Segundo o diretor geral da RRAdv, Joaquim Magno, a parceria no roteiro se deve aos objetivos comuns dos negócios sociais. “A contribuição é recíproca, pois ambas as empresas proporcionam uma experiência que tem um objetivo comum, que é levar o viajante a viver uma experiência no destino, mas com qualidade, segurança, impacto positivo e a realização de um sonho.”
Magno também destaca o quão único é o destino. “Com 2 mil milhões de anos, com formações geológicas pré-cambrianas, onde a vida pouco evoluiu, com um endemismo de flora e fauna muito específico, com formas rochosas curiosas e pitorescas, o local é dotado de uma energia indescritível, com o topo revestido por cristais de quartzo . Isso atrai a atenção de turistas, aventureiros, cientistas, biólogos, antropólogos, esoteristas, místicos e todos aqueles que buscam nesta fascinante aventura um reencontro consigo mesmos e com a origem da vida, levando todos a repensar o verdadeiro sentido da vida.”
Turismo sustentável
O roteiro foi criado não só para oferecer ao viajante uma experiência linda e inesquecível, mas também para impactar positivamente o local que sediará a aventura. Esse impacto é resultado do turismo sustentável, que busca contribuir para a preservação ambiental do local, das comunidades participantes e da experiência dos viajantes.
“Desde o primeiro contato com nosso material de marketing e equipe comercial até o retorno da Expedição, nosso viajante recebe todo suporte e orientação para tornar sua experiência a mais agradável possível, o que inclui boas práticas relacionadas à sustentabilidade e segurança”, destaca Daniel Cabrera que, além de estar à frente do Vivalá, é membro do conselho da Abeta – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura.
“O melhor impacto que o turismo sustentável pode proporcionar ao meio ambiente, se bem conduzido, começa no aspecto social, gerando emprego e renda em comunidades que não têm muitas oportunidades. Mas também avança no aspecto da preservação ambiental, porque a atividade acontece em espaços naturais, e isso agrega valor ao conservacionismo. O turismo tem a responsabilidade de causar impacto positivo, mas claro, se feito de forma responsável e sustentável”, afirma o diretor executivo da Abeta, órgão responsável pelo desenvolvimento de padrões técnicos adotados em todo o mundo, Luiz Del Vigna.
A expedição ao Monte Roraima
O impacto social da Expedição ao Monte Roraima começa no percurso e durante a subida, guiada por indígenas locais, que conhecem e têm contato direto com a região. A expedição dura dez dias e é recomendada para quem já está preparado fisicamente, pois são 100 km de caminhada.
O primeiro dia é apenas o embarque para Boa Vista (RR), onde no segundo dia do roteiro todos os viajantes do grupo se encontrarão e receberão as últimas orientações da equipe, principalmente em relação a questões de logística, segurança e desenvolvimento operacional. Após o almoço, o grupo segue viagem até a fronteira com a Venezuela e passa pelos trâmites alfandegários, antes de pernoitar em Santa Elena de Uairén, na Venezuela.
No terceiro dia começa a grande jornada. Após o café da manhã, é hora de partir para a Comunidade de Paraitepuy, onde será o acampamento da primeira noite, às margens do rio Tek ou Kukenan. Na manhã seguinte a caminhada continua até a base, para mais uma noite em frente ao muro. O quinto dia conta com um dos caminhos com mais belas paisagens, com paradas para contemplação da paisagem e fotos com os jardins de bromélias, orquídeas e pequenos pássaros. Neste dia, o grupo aproxima-se do topo e é possível observar o Monumento Makunaima, além de ser recebido pelos “Guardiões da Montanha”, três imensos blocos em forma de observadores.

O sexto dia é de imersão total no topo, com destaque para o Vale dos Cristais. “O próprio lugar traz a sensação do Macro e do Micro, dos extremos, do surreal, do cósmico, do inexplicável. A energia deste lugar não se traduz em palavras, mas sim em suspiros, sons, silêncios, reflexões e observações silenciosas. Depois de passar pelo Ponto Triplo, a última parada do dia é El Fosso”, explica Alberto.
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No sétimo dia da expedição, é a vez dos viajantes se deslumbrarem com as Piscinas Jacuzzi e o Mirante La Ventana, possibilitando admirar as cachoeiras e o vale arborizado do Monte Kukenan (Pai dos Ventos). Além de contemplar e reencontrar-se consigo mesmo, o grupo chega ao ponto mais alto do Monte e avista a Gran Sabana e o trilho que percorreram para chegar à base. Para terminar o dia e sentir-se num santuário, pode visitar o Salto Catedral, antes de seguir para o Paso de Los Cristales e repor as energias.
Hora de despedida
O oitavo dia do roteiro é um momento de despedida da Casa de Makunaina, onde começa a descida até a base, com direito a pernoite sob o céu mais estrelado da viagem. No dia seguinte, o grupo caminha os últimos 15 km até a Comunidade de Paraitepuy, para embarcar em veículos 4×4 que os levarão até a fronteira para trâmites alfandegários e pernoite em hotel da capital. O último dia é reservado para check-out e retorno para casa.
Os roteiros têm saídas programadas uma ou duas vezes por mês e incluem transporte terrestre de Boa Vista até a Comunidade Indígena Paraitepuy, por onde o grupo passa tanto na ida quanto na volta. Com investimento de R$ 5.500, que pode ser parcelado em 5x no cartão de crédito, PIX ou boleto, a expedição inclui treinamento antes da viagem, hospedagem em Boa Vista e Santa Elena de Uairén, transporte, todo apoio de camping, inclusive coletivo equipamentos de camping, alimentação, taxa de entrada nas Comunidades e equipe qualificada para orientar a expedição. Ainda há vagas disponíveis para a próxima expedição que acontecerá no dia 7 de junho. Para mais detalhes sobre o roteiro e reservas em junho ou outras datas, acesse o site Site Vivalá.
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